Tudo Sobre a Catedral de Saint Gatien em Tours

A Catedral de Saint Gatien em Tours é testemunha de um passado brilhante e de uma longa história. Além de ser um verdadeiro tesouro para os amantes da arte e da história, assim como, para os que buscam a Deus. 

A atual catedral, sucede a três outras igrejas e a sua construção durou entre os anos 1160 e 1547, é classificada como patrimônio arquitetônico da França pelo seu conjunto de vitrais. Ajudaram na sua construção a rainha da França Branca de Castela e depois seu filho Luís IX que veio a se tornar São Luís.

Somente em 1356, a catedral recebeu o novo nome de Saint Gatien, (São Gatiano em português). Ele foi o primeiro bispo da cidade de Tours, a linda cidade no Vale do Loire, na França.

Por sua construção ter sido particularmente lenta o edifício apresenta diferente padrões de tipos religiosos franceses da arquitetura dos séculos XIII a XV. Por exemplo, os contrafortes (reforço) da torre são de estilo românico, a ornamentação em geral é de estilo gótico, já as torres são renascentistas.

A primeira igreja ali construída viu a coroação de São Martinho como bispo de Tours e o “milagre do globo de fogo”.

São Martinho era o soldado romano que deu seu manto a um mendigo, que mais tarde se revelou em sonho, como Jesus. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.

Sua popularidade transformou-se em nomeação como Bispo de Tours, em 371. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas – pobres, presos e enfermos – continuassem a encontrar abrigo sob seu manto.

São Martinho viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. 

Interior da Catedral de Saint Gatien

Podemos admirar o belo arranjo da abside, cujos três níveis de janelas, com grande unidade cromática (vitrais do século XIII), formam um conjunto de notável harmonia, rara vista em uma catedral.

O coro da Catedral de Saint-Gatien é uma das melhores realizações do estilo Gótico.  Com toda certeza, é a joia da catedral. Construída de 1220 a 1270, parece um relicário gigante, digno da Sainte-Chapelle de Paris, com suas 15 janelas de sacada. 

A rosa norte, do final do século XIII, foi dedicada à Virgem Maria. Ela mostra um grande domínio na arte de trabalhar a pedra (estereotomia).

Os vitrais do coro constituem um dos mais belos conjuntos encontrados nas catedrais francesas. Eles se apresentam como um livro aberto sobre a história da Igreja. 

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A nave central foi construída entre o século XIV e XV e nela podemos ver a evolução do estilo arquitetônico que passa do gótico radiante ao gótico extravagante. 

Além do rico conjunto de vitrais medievais dos séculos XIII, XIV e XV, existe um importante registo de vitrais modernos dos séculos XIX e XX.

Encontramos também nessa catedral, uma obra-prima da Renascença francesa, que é o túmulo dos filhos de Carlos VIII e Ana da Bretanha, os quais morreram muito jovens.

A Catedral de Saint Gatien em Tours é considerada um monumento fundamental na evolução da arte dos vitrais. Afinal anuncia o novo tipo de composição em catedrais e grandes igrejas do final do século XIII e durante o século XIV.

Para mais informações sobre a Catedral de Saint Gatien acesse o site paroquial.