O conceito de “minha cidade” é bastante amplo para mim. Estive refletindo sobre ele para escrever o post deste dia 08.
Minha cidade, pode ser a cidade onde nasci, a cidade onde fui criada, a cidade onde moro, minha cidade favorita na Europa… enfim, a lista é longa.
Acabei decidindo postar oito fotos da cidade que mais marcou minha vida. A cidade onde fui criada, onde fiz meus estudos, do fundamental ao superior, a cidade onde me casei e onde tive dois filhos. Acho que são todos fatos marcantes e relevantes na vida da gente. No meu caso todos eles aconteceram em Curitiba.
Não foi lá que nasci, mas minha família mudou para lá quando eu era bem pequena. Assim, sempre que alguém me pergunta de onde eu sou, a resposta vem logo, de Curitiba. Eu já poderia responder que sou de Joinville, visto que moro aqui há 18 anos, mas por alguma razão, ainda me considero uma pessoa de fora.
No meu íntimo me sinto curitibana. Estranho, que mesmo eu sendo uma pessoa que adora viajar, já morou em vários locais diferentes, que me considero uma pessoa do mundo, ainda sinto a necessidade de ter um local especial para chamar de “minha cidade“.
Procurei selecionar fotos de locais que foram presentes em minha vida por lá e que ainda gosto de ver quando retorno.
Viver em Curitiba
Viver em Curitiba te dá a oportunidade de ir à feira de artesanato, ou feirinha, como ela é mais conhecida, todos os domingos. Ainda me lembro quando ela acontecia aos sábados e eu passeava por ela quando saía do colégio.
Viver em Curitiba me fez conhecer a Lenda da Gralha Azul. Diz a lenda que certa vez uma gralha negra que dormia em um pinheiro, foi acordada com o som do machado derrubando a árvore. Voou para o alto para não presenciar a derrubada. Lá no céu ouviu uma voz que pediu que ela retornasse para ajudar a replantar os pinheiros. Com isso passaria a ser vestida de azul. Aceitou a missão e foi recoberta de penas azuis, exceto na cabeça que permaneceu preta.
Lenda à parte, a gralha azul, realmente “planta” o pinhão que é a semente da araucária, a árvore símbolo do Paraná.
Passava todos os dias por esse mural que fica no bairro que eu morei, depois de casada.
Viver em Curitiba me deu a oportunidade de acesso à cultura e à arte. A primeira peça de teatro que assisti ainda criança foi no Teatro Paiol. Ele tem esse nome por ter sido um antigo Paiol de Pólvoras. Foi construído afastado do centro da cidade, em formato circular para amenizar o efeito de uma possível explosão. Teve outros usos, mas acabou sendo transformado em um teatro com auditório estilo arena.
Viver em Curitiba me proporcionou estudar em na instituição de ensino, com concepção de universidade mais antiga do país. Passei belos anos da minha vida na Universidade Federal do Paraná.
Nas minhas idas e vindas à universidade e mais tarde ao trabalho, a Praça Osório foi passagem obrigatória. Presenciei várias transformações pelas quais a praça passou. Também vi várias manifestações artísticas e políticas acontecendo ali pertinho, na chamada Boca Maldita.
Morar em Curitiba é ter a oportunidade de passear por diversos parques da cidade. Este aqui é o Jardim Botânico que acabou se tornando um dos principais pontos turísticos da cidade. Eu me lembro bem da sua inauguração e como íamos lá passear com nossa filha ainda pequena. Ele mantém diversas variedades de plantas do Brasil e de outros países. O maior atrativo é a estufa em estilo art nouveau, que foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres.
Viver em Curitiba significa poder frequentar bons museus. Sinto muito orgulho pela forma que a arte e a cultura são valorizadas na minha cidade. São vários museus dedicados a preservar nossa história e a manifestação cultural e artística. O maior exemplo disso é o MON – Museu Oscar Niemeyer, o qual leva esse nome em homenagem ao famoso arquiteto brasileiro que o projetou. Pela sua arquitetura peculiar, é também chamado de Museu do Olho e se tornou um cartão postal de Curitiba. O MON é o maior museu de arte da América Latina, são aproximadamente 35 mil metros quadrados de área construída. Para visitá-lo, vá com bastante tempo.
Viver em Curitiba também me possibilitou passar sempre em frente esta linda igreja em estilo neogótico e muitas vezes a entrar, tanto para uma oração, quanto para admirar sua beleza artística. A Catedral de Curitiba fica em frente a Praça Tiradentes, que é o marco zero da cidade.
Este post mostra apenas alguns lugares que fizeram parte da minha vida, mas Curitiba tem muitas atrações que merecem ser conhecidas. Não deixe de visitá-la!
Veja também os outros blogs que escreveram este mês sobre o tema “Minha Cidade”:
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- Destinos Por Onde Andei… – Bares em Belo Horizonte – Minhas 8 dicas
- O Berço do Mundo: 8 Motivos para visitar Guimarães
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Foto de capa: Jardim_Botânico_Crédito_SMCS