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O Que Fazer em Joinville – 15 Principais Pontos Turísticos

O que fazer em Joinville

A cidade pode não ser considerada como um destino turístico, contudo há muito o que fazer em Joinville. Vou destacar aqui os principais pontos turísticos da cidade e ainda acrescentar alguns locais interessantes frequentados apenas por moradores.

Um pouquinho de história de Joinville…

Toda essa região, antes do início da colonização em 1851, pertencia à nação. Parte dela foi usada como dote da Princesa Dona Francisca (1824-1898), ou melhor, Francisca Carolina Joana Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga de Bragança (adoro esses nomes longos dos monarcas e não poderia deixar de citar) a irmã de D. Pedro II. A qual se casaria com o Príncipe de Joinville (1818 -1900), ou François Ferdinand Philippe Louis Marie d’Orléans, filho de Louis-Philippe, rei da França.

Posteriormente, depois que o rei Luís Filipe I foi destronado em 1848 e o Príncipe de Joinville se refugiou na Inglaterra, foi que decidiram colonizar essas terras. Para isso o príncipe cedeu (é bem possível que tenha vendido) parte das terras para a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, fundada em 1849 na atual Alemanha, com o propósito imediato de coloniza-las.

Os primeiros 124 imigrantes germânicos chegaram no veleiro Colon em São Francisco do Sul no início de março de 1851.
O primeiro povoamento recebeu o nome de Colônia Dona Francisca e somente em 1852, foi decidido que, em homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.

É bem comum encontrar várias referências ao príncipe e a princesa em toda a cidade, mesmo que eles jamais tenham estado por aqui.

Antes de saber o que fazer em Joinville, conheça as alcunhas pelas quais a cidade é conhecida:

Festival de Dança de Joinville

O Festival de Dança de Joinville é considerado o maior do mundo em número de participantes, é também o maior evento da cidade. Acontece anualmente na segunda quinzena de julho. Além da competição o evento atrai também centenas de interessados nas vagas de cursos, oficinas, workshops e seminários, voltados para o aperfeiçoamento técnico e artísticos. Ao longo dos anos de sua existência, grandes companhias do Brasil e do mundo já se apresentaram nos palcos de Joinville. É um período onde nossa cidade, com pouco menos de 600 mil habitantes, fica com um ar cosmopolita e respira cultura.

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Bom, mas vamos voltar aos pontos de interesse que estão aqui o ano todo para você saber o que fazer em Joinville.

Para quem chega aqui por meios rodoviários (a BR101 corta a cidade), certamente vai se deparar com o nosso primeiro cartão postal.

 

1. Pórtico de Joinville

O pórtico da cidade está ali desde a minha infância. Eu ainda não morava aqui e quando vinha visitar os parentes, adorava passar por baixo dele. Atualmente o trânsito foi desviado e se passa pelo lado para entrar na cidade.
Contudo ele possui uma área de estacionamento, onde é possível parar para receber informações turísticas e fazer umas fotos.
O estilo arquitetônico lembra as antigas construções em estilo germânico, comuns na cidade.

Ao lado do pórtico está outro de nossos cartões postais que é o moinho de vento. Não conheço direito a origem daquela construção, mas quando conheci, lá funcionava um café colonial. Depois de algum tempo fechado o local reabriu como mais uma sede da Cervejaria Opa, com bar, restaurante e loja dos produtos da marca. A parte externa com vista para o lago da Expoville conta com mesas ao estilo biergarten.  Lá você pode usufruir do sistema automatizado de chopp. [Em 2020 a cervejaria fechou, a ver o que irá funcionar no local.]

 

2. Casas em Estilo Enxaimel

Enxaimel é uma técnica de construção que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos. Esse enchimento varia de região para região, mas aqui em Santa Catarina é principalmente de tijolos.

Essa técnica já não era mais usada na Europa na época da imigração alemã para o Brasil, mas foi considerada adequada para a região.

Tais construções são consideradas um atrativo turístico em todos os locais de colonização alemã, principalmente no sul do Brasil e tem sido preservadas pelos governos locais.  Você vai encontrar várias delas pela cidade. Próximo daqui na cidade de Pomerode, existe um passeio chamado de Rota Enxaimel.

 

3. Estação da Memória de Joinville

A Estação da Memória é na realidade uma antiga estação de trem (dos bons tempos das ferrovias brasileiras). A estação foi construída em 1906 e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2008.
Depois de uma grande obra de restauração ela foi aberta ao público como um pequeno museu da história da cidade e da própria estação e da linha férrea no vida dos joinvilenses.
Abriga alguns móveis da antiga estação e uma coleção de fotos. É um local muito agradável para um passeio.
Nas áreas externas é comum haver eventos culturais nos finais de semana.

Endereço: Rua Leite Ribeiro, s/n – Bairro Anita Garibaldi
Horário de funcionamento: terça a domingo – das 10 às 16h.
Tel. (47) 3422-5222 – Entrada gratuita.

 

4. Museu Nacional de Imigração e Colonização

O Museu da Imigração fica localizado bem no centro da cidade, de fronte para nosso outro cartão postal que é a Rua das Palmeiras.

Foi construído por volta de 1870 para ser a sede administrativa da antiga Colônia Dona Francisca. Era conhecida naquela época como Maison Joinville, pois era a casa do administrador francês, o qual era o representante do Príncipe de Joinville para este fim.

O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e tornou-se museu. Mantêm objetos e documentos doados pela população com o intuito de preservar a história da colonização, não apenas da cidade, mas do sul do país. Veja que o ele recebeu o título de Museu Nacional, o que agrega importância para a nação e não apenas ao município.

Com o passar do tempo, outras construções passaram a fazer parte do complexo. Como uma casa em estilo enxaimel, a qual foi transportada pela aquele local. O Galpão de Transportes mostra os antigos meios de transportes usados na colônia, destaque para o carro fúnebre.
E ainda o Galpão de Tecnologia Patrimonial, com mostras dos antigos engenhos de farinha e erva-mate, além de moenda de cana-de-açúcar.

Endereço: Rua Rio Branco, 229 – Centro
Tel. (47) 3453-3499
Horário de funcionamento: terça à domingo – das 10h às 16h – Entrada gratuita.

 

5. Rua das Palmeiras

A história da Rua de Palmeiras de Joinville começou com a chegada à colônia do representante do príncipe, o engenheiro francês Fréderic Brüstlein (que aliás é o nome oficial da alameda).  Ele, sabendo da intensão que o Príncipe de Joinville tinha de voltar ao Brasil com conhecer esta região, decidiu pela construção do palacete acima e também por ajardiná-lo com palmeiras.

As palmeiras eram as árvores favoritas do príncipe, assim o engenheiro providenciou para que sementes das palmeiras imperiais plantadas por D. João VI no jardim botânico do Rio de Janeiro, fossem enviadas para a colônia.

 

A Rua da Palmeiras foi revitalizada e reinaugurada em 2012, tornando-se um local mais agradável para os residentes e turistas. Dispõe de um passeio central para pedestres, vários bancos e placas contando sua história. O busto em homenagem à Dona Francisca, obra do artista Fritz Alt, foi restaurado e colocado no centro da alameda.

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6. MAJ – Museu de Arte de Joinville

O Museu de Arte de Joinville conta com um belo acervo de artistas contemporâneos, tanto da cidade como de outras localidades nacionais e internacionais. Faz exposições temporárias e abriga anualmente a Coletiva de Artistas de Joinville, o evento que reúne e promove novos artistas.

O museu está instalado em uma das casas mais antigas da cidade, a qual pertenceu a um imigrante alemão muito atuante na política e sociedade do inicio da colonização.

Também pertencem ao museu dois galpões localizados no outro lado da rua, na Cidadela Cultural Antarctica – antigas instalações da cervejaria.

Nas áreas externas estão expostas várias esculturas. Ali acontecem vários eventos culturais, além de ser um ponto de recreação para famílias nos finais de semana.

Endereço: Rua XV de Novembro, 1400 – Bairro América
Horário: terça a domingo – das 10h às 16h
Tel. (47) 3433-4677

 

7. Praça dos Suíços

A Praça dos Suíços foi construída como parte das comemorações dos 150 anos da cidade em 2001. Além de ser mais um espaço público para a cidade, ela tem o objetivo de lembrar as famílias germânicas que chegaram aqui na primeira viagem dos colonizadores. Como a Alemanha só foi unificada em 1871, essas famílias germânicas atualmente seriam oriundas da Suíça.

A praça conta com uma escultura inspirada na bandeira da Suíça. Além de uma placa comemorativa onde consta o sobrenome daquelas famílias.

Endereço: Ao lado do Museu de Arte de Joinville.

 

8. Instituto Internacional Juarez Machado

O instituto é o espaço cultural mais recente criado na cidade. Ele é a realização do sonho do seu fundador, o próprio artista. Ele sempre quis trazer para a sua cidade natal um ambiente como este, onde é possível promover novos talentos juntamente com artistas já renomados.
Já escrevi um post exclusivo sobre o Instituto Internacional Juarez Machado, dá uma olhada lá pra saber mais detalhes.

Endereço: Rua Lages, 994 – Bairro América – Tel. (47) 3033-3036

Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10:00 h às 19:00 h e aos domingos das 15:00 h às 19:00 h.

 

9. Cemitério do Imigrante

Trata-se de um cemitério já desativado e tombado pelo patrimônio, hoje é considerado um museu. O local é muito bonito e digno de uma visita. Além de ser um agradável passeio entre a natureza no centro da cidade, é bem interessante observar as lápides em sua grande maioria escritas em alemão.
Ele é um dos poucos cemitérios no Brasil onde pessoas de diferentes religiões foram sepultadas. Como os primeiros imigrantes eram luteranos e somente mais tarde chegaram alguns católicos, estes receberam parte da área do mesmo cemitério.
Também já escrevi um post exclusivo sobre o Cemitério do Imigrante.

Endereço: Rua XV de Novembro, 1000 – Centro
Tel. (47) 3433-3732
Horário: segunda a sexta, 8h às 14h

A Casa da Memória é um anexo do Cemitério do Imigrante e tem o propósito de preservar a memória cultural da cidade. É a sede administrativa do cemitério e ela atua como sede da Sociedade Cultural Alemã, numa política de espaço compartilhado do poder público e uma entidade privada.
A Sociedade Cultural preserva os aspectos culturais da cultura germânica com a manutenção de uma pequena biblioteca com livros no idioma alemão, além de aulas de conversação naquele idioma. Também promove os Domingos Musicais nas manhãs do primeiro domingo de cada mês.

O horário de funcionamento e contato da Casa da Memória são os mesmos do Cemitério do Imigrante.

 

10. Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville

A região de Joinville e arredores é repleta de sambaquis, assim como quase todo o litoral brasileiro. Mas, você sabe o que é um sambaqui? Os sambaquis são sítios arqueológicos em forma de montes, que contém conchas, esqueletos humanos, pedras e ossos de animais, além de pedaços de cerâmica deixados pelos povos que habitaram a região (cerca de 5 mil anos atrás).
O museu tem a intensão de preservar e contar um pouco da história daqueles primeiros humanos que habitaram a região antes da sua urbanização. Lamentavelmente uma enchente recente danificou boa parte do acervo e hoje apenas duas salas podem ser visitadas.

Endereço: Rua Dona Francisca, 600 – Centro
Tel. (47) 3433-0114
Horário: terça a domingo, 10h às 16h
Entrada Gratuita

 

11. Mirante da Boa Vista

Na minha opinião o Mirante da Boa Vista é um dos passeios mais agradáveis para se fazer na cidade. Bom, é claro, para quem tem uma boa condição física. A caminha até lá é agradável por entre a mata, mas é de aproximadamente 2 km em aclive. Mas não se apavore, também é possível ir de ônibus ou táxi.
O mirante é servido de uma linha de ônibus urbano que sai do Terminal Central da cidade. Contudo é possível embarcar na parada que fica no início da subida, em frente ao Parque Zoobotânico. A parada seguinte já é lá no topo.

O mirante passou por uma reforma e agora possui elevador e é totalmente acessível. Inclusive táxis adaptados podem subir e ficar aguardando o passageiro para retornar. Demais táxis são proibidos de aguardar.
Se você subir a pé, mas resolver voltar de ônibus, não tem problema. Inclusive não é preciso pagar a passagem, pois ela só é cobrada na ida (o valor é o mesmo do transporte regular urbano).

Estando lá no alto do morro você pode fazer a Trilha Ecológica, construída sobre uma plataforma no meio da mata. Não deixe de ir até a Janela do Mirante para ter a vista do centro da cidade.
Já o mirante propriamente dito, está em uma plataforma de 14 metros de altura (acessível por escada ou elevador), possibilita uma vista de 360º incluindo a Baía da Babitonga. A baía liga Joinville à São Francisco do Sul.

Endereço: Rua Pastor Guilherme Rau, s/n – Bairro Saguaçu
Horário: das 7h às 19h
Entrada gratuita

 

12. Parque Zoobotânico

O Parque Zoobotânico possui mais de 200 animais em cativeiro e outras espécies nas áreas de floresta. O local é super agradável para um passeio com crianças, pois além de quiosques também possui um playgroud e uma linda área verde.

Endereço: Rua Pastor Guilherme Rau, 46 – Bairro Saguaçu.
Tel. (47) 3431-5016
Horário: terça a domingo, 9h às 18h.
Entrada gratuita.

 

13. Centreventos Cau Hansen

É nesse centro de eventos que acontecem as competições do Festival de Dança e muitos outros eventos durante o ano. Trata-se de um grande complexo, com uma arena multiuso que é adaptada para competições esportivas ou apresentações musicais e teatrais. Inclui também um pavilhão para exposições, o Teatro Juarez Machado, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e muitas outras salas usadas para os mais variados fins.


A escadaria de acesso exibe um grande mosaico do artista plástico joinvilense com fama internacional Juarez Machado.

Endereço: Av. José Vieira, 315 – Bairro América.
Tel. (47) 3422-5951.

 

14. Escola do Teatro Bolshoi no Brasil

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é uma ação entre o Teatro Bolshoi de Moscou e a prefeitura de Joinville. Trata-se da única escola daquela instituição fora da Rússia. Instalada em Joinville no ano 2000 como um projeto social para atender às crianças das escolas municipais da cidade, oferece bolsa integral aos seus alunos.
Os alunos frequentam a escola de artistas da dança no horário oposto ao seu turno escolar. Recebem além da formação em dança (num período de 8 anos), aulas de disciplinas complementares como música, história da arte, história da dança, piano, prática cênica. Ainda é fornecido uniformes, alimentação e transporte.
Uma seleção acontece todos os anos com audições em Joinville e algumas outras localidades.
Desde sua fundação, muitos alunos já se formaram e ingressaram em balés de renome pelo mundo afora. Mas também podem optar por ingressar na Cia. Jovem Bolshoi Brasil.

É possível fazer uma visita monitorada de segunda à sexta, em dois horários: 10h e 14h30
Valores da visita: R$10,00 inteira e R$5,00 meia entrada.

*Durante o Festival de Dança mais horários são disponibilizados.

Endereço: Av. José Vieira, 315 – Bairro: América – Parte do Complexo Centreventos

Tel. (47) 3422-4070

 

15. Rota Turística para Pedestres

Recentemente a prefeitura implantou uma nova sinalização especial para quem deseja conhecer a cidade a pé. O circuito tem mais ou menos 5km e abrange os principais pontos turísticos, alguns mencionados neste post.

Cada placa traz a inscrição do local onde está instalada e aponta para os outros dois ou três atrativos mais próximos. Você vai encontrar direções ao Parque Zoobotânico e o Mirante de Joinville, Cemitério do Imigrante e Casa da Memória, Museu de Arte de Joinville e Complexo Cultural Antarctica, Instituto Internacional Juarez Machado e Estação da Memória.

As placas estão presentes nos seguintes locais:

 

Clima em Joinville

O mês mais quente do ano é janeiro, com temperatura média em torno de 25 °C, o mês mais frio é julho, mas a temperatura raramente fica abaixo de 17 °C. As chuvas são constantes durante o ano todo, a cidade é “carinhosamente” chamada de Choveville. Como estamos quase ao nível do mar, é comum haver enchentes no período de maré alta e muita chuva.

Como chegar em Joinville

O Aeroporto de Joinville (JOI) chama-se Lauro Carneiro de Loyola e está localizado a 13 km do Centro da cidade. Operam aqui a Latam, a Gol e Azul, com voos que ligam a cidade à São Paulo, Campinas e Porto Alegre. Como as cidades de Navegantes e Curitiba estão bem próximas, seus aeroportos são muito usados pelos viajantes para aumentar as opções de voos.

Para ir de ônibus até o centro da cidade, será necessário fazer uma conexão no terminal norte. São apenas alguns horários por dia, os quais você poderá checar no site ônibus.info. Fora isso há uma grande disponibilidade de táxis. O percurso até o centro da cidade leva aproximadamente 25 minutos. O aplicativo Uber funciona bem na cidade.

A Rodoviária de Joinville, localiza-se na Rua Paraíba, 769 no bairro Anita Garibaldi. Dezoito empresas de ônibus operam aqui fazendo viagens intermunicipais e interestaduais diariamente. A rodoviária fica aberta vinte e quatro horas por dia. Possui duas amplas salas de espera climatizadas, praça de alimentação com lanchonetes, loja de presentes e artesanatos, revistaria, tabacaria e sanitários.

A rodoviária oferece circuito interno para televisões por satélite e internet sem fio. Também está ligada por ônibus municipais para os diversos terminais da cidade.

Espero que você goste de sua estada em Joinville e volte mais vezes. 😉

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